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OS BEBÊS E A TECNOLOGIA: MEU FILHO NÃO VAI SER EDUCADO PELA PEPPA PIG!


Amores, nunca assisti sequer um vídeo da tal porca cor-de-rosa, mas já ouvi relatos de que ela é uma porquinha mal - educada, arrogante e até maltrata o avô, entre outras coisas… Então, de momento, Arthur terá que se contentar com outros entretenimentos: a atenção, dedicação e qualidade de tempo dos papais! Pois, o amor, também é demonstrado através dessa interação. E, se depender de nós, isso não vai faltar!

Uma das coisas que mais me preocupa, na educação e formação do Arthur, é o acesso dele ao mundo tecnológico. Não tenho nada contra à brinquedos high tech, afinal de contas, estamos em 2018, é mais que normal os brinquedos terem evoluído tanto. Mas, com relação à outras ferramentas tecnológicas, que não são brinquedos, como o tablet, o smart phone e até a televisão, meu posicionamento muda bastante.


Educar, formar, criar um filho, não é nem de longe uma tarefa fácil. Exige, entre outras coisas, dedicação, disposição, esforço, atenção e tempo! Os pais precisam entender que, toda a interação deles com o bebê/criança é uma oportunidade ímpar de ensinar algo. Almoçar fora com a criança, por exemplo, é a oportunidade de ensinar como se deve comportar-se nesse tipo de ambiente. Mas, se a criança estiver imersa no mundo virtual, com os olhos vidrados no tablet, essa oportunidade não existirá…


Segundo especialistas em educação infantil, é inevitável que a criança tenha acesso ao mundo tecnológico. E, os brinquedos desse mundo, quando bem utilizados, até são educativos, pois estimulam a audição, visão e a concentração. Porém, devem ser usados com moderação e de acordo com a idade, para não prejudicar o desenvolvimento de todas as habilidades que envolvem o convívio com outras crianças e adultos, a criatividade, o autocontrole, etc.

Hoje em dia, os adultos (nem todos) encontraram nos eletrônicos (tablet, smart phone e tv) um recurso para administrar a falta de tempo para os seus filhos pequenos. Crianças muito pequenas, bebês com menos de 2 anos, são colocados diante de tablets para assistir “desenhos educativos”. Alguns adultos até afirmam que o bebê adora. Ledo engano… O que, realmente, acontece é que a luminosidade e o som são os únicos atrativos e têm um poder hipnotizador, sendo prejudicial ao pequeno ficar preso a uma única atividade.

Um estudo da Associação Americana de Pediatria esclarece que a distração eletrônica não é indicada para menores de dois anos, em nenhuma hipótese. Pois, é nessa fase que a criança adquire a linguagem, o raciocínio, as habilidades motoras e perceptivas, que só acontecem na interação com adultos e com outras crianças!


É importante os pais terem a consciência, de que o bebê precisa brincar, brincar, brincar e brincar mais um pouco. Explorar o espaço ao redor, descobrir, manusear, experimentar, cheirar, perceber… E, nada disso acontece diante da tv, do celular ou do tablet.

Crianças que fazem uso diário dos eletrônicos são privadas de oportunidades riquíssimas, que só as brincadeiras ao vivo proporcionam. Brincar somente com esses aparelhos, diminui a quantidade e a qualidade na aquisição da linguagem, se comparado com brincadeiras que envolvem a fala, o movimento de imitação, a compreensão e o vínculo sócio-afetivo.


Como já mencionado em posts anteriores, uma história, uma música dramatizada, um versinho rimado, fazem muito mais sentido para a criança pequena, quando é o adulto, presente, que oferece essa troca de alegria, surpresa e imaginação. A diferença é nítida, entre uma criança que domina o controle remoto de uma televisão, por exemplo, e outra aprendendo a fazer uma simples pipa com o seu pai. Você tem dúvidas de qual está mais feliz?


Ressalta-se que, de nada adianta colocar regras para eletrônicos, se os pais estão abduzidos pelas telas virtuais! Outra atitude sem sentido, é inundar todos ambientes da casa com brinquedos criados e super atraentes. Pois, para a criança beneficiar-se de tudo o que determinado brinquedo tem a oferecer, ele deve ser olhado, tocado, explorado inúmeras vezes. E, somente após isso, passar para outro brinquedo/jogo. O ideal, é apresentar grupo de brinquedos, previamente escolhidos, por um tempo e depois trocar por outro grupo. O que significa, alternância de brinquedos, e não brinquedos espalhados por toda a casa.

Falando nisso, é importante a criança entender, desde cedo, que os brinquedos devem ser guardados logo após a brincadeira. Escolha uma maneira fácil e prática para isso, assim ele aprenderá bem rápido. Use uma caixa ou um cesto leve e peça que a criança ajude. Aos poucos a situação é revertida e é você quem ajuda, até ela guardar sozinha. Concentre os brinquedos em até 2 lugares da casa, mais que questão de organização, é não dar exemplo de desleixo e modelo de conduta.


Não caia na tentação de presentear, com freqüência, seu filho com brinquedos, para que eles se distraiam e não interrompam seus afazeres, ou na esperança de demonstrar amor. Lembre-se, a simples presença dos pais transforma um balanço num parque de diversões. Assim como, um amiguinho, tem o poder de transformar uma cama em uma cabana no meio da floresta. A criatividade é o grande prazer da invenção, e quando não há critérios claros sobre brinquedos, os filhos aprendem que só são amados, quando ganham agrados materiais. Os presentes são o veículo e não substitutos do amor.


Fonte: Leocadia Rudenco - Vovó do Arthur

Leituras sugeridas: Pais e Filhos, Roberto Shinyashiki

Brinquedo e Infância, Santa M P dos Santos.


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