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PAI NÃO É BABY SITTER, OK MAMÃES? - #DadToBe

Antes de começar, deixo claro que quando menciono PAI, simboliza a figura masculina. Pode ser um amigo, um tio, namorado, companheiro, avô, vizinho, enfim, tudo depende da realidade familiar em que o bebê é esperado.
Pesquisas em desenvolvimento infantil, nos dizem que a presença ou ausência do pai na vida do bebê, influencia no crescimento sócio-emocional dele.
Então, qual o melhor momento para participar da vida do bebê? Desde a concepção!
A resposta óbvia, infelizmente não faz parte da realidade de muitas pessoas. Por “N" fatores, que não vamos abordar aqui. E, também, pelo fato de algumas mães se apossarem da criança, não deixando os pais interagirem.
Então, continuando, a presença do pai já é sentida desde o momento em que ele começa a proteger a grávida, cuidando e acompanhando as etapas da gravidez, ajudando nas tarefas e nas escolhas para o nascimento. Alguns pais de primeira-viagem precisam ser estimulados a aproximarem-se do recém-nascido, pois é pela prática, com amor e paciência, que eles aprendem a cuidar do bebê. Por isso, é fundamental que a mãe entregue e aceite que essa aprendizagem é para os dois e, muito na base de tentativa e erro.
Mães ansiosas e inseguras não aceitam a participação do pai. O que, aos poucos, causa o distanciamento de pai e filho, surgindo a definição de que “quem cuida é a mãe”. Conseqüência disso, é uma mãe estressada, sem tempo para se cuidar, uma criança inquieta, triste e um relacionamento fadado ao insucesso.
E, quando os pais não têm iniciativa? Cabe às mães encorajarem essas situações de convivência desde muito cedo. Pois, caso ela não aceite essa interação fazendo críticas, correções, etc, mais tarde a criança não aceitará ninguém para atendê-la, inclusive avós, tios e lindos. E, o período de estranhamento do bebê com os familiares será mais longo e difícil.
Estudos confirmam que as aptidões próprias dos pais (figura masculina) ao brincar com o bebê, usando a voz mais grossa, gestos mais amplos e enérgicos, só fortalecem e gratificam a relação. Ao imitar monstros, fazer a criança voar, brincar de lutinhas, por exemplo, o bebê experimenta diversas emoções, uma ponta de medo e diversão. Valorizar esse envolvimento e fazer com que o pai sinta-se livre para atuar ao seu estilo, traz os seguintes benefícios ao bebê: ele reconhece o pai desde muito cedo, gosta das brincadeiras físicas e diferencia muito rápido a mãe e o pai.
Quando se inicia um conflito sobre a forma de cuidar do bebê, tal como: o jeito de agitar a mamadeira, prender a fralda, enrolar o pequeno, vestir ou despir, o melhor é dividir as responsabilidades, afastar-se e respeitar o modo de fazer de cada um. Algumas mulheres, por várias questões, inclusive culturais, não conseguem deixar o pai a vontade, e perdem de apreciar essa interação tão carinhosa e saudarem entre pai e filho, que não causa nenhuma perda à mãe, pelo contrário, só traz ganhos. É a relação pai/mãe que enriquece a vida e o crescimento afetivo do bebê, bem como, a relação com as diferentes descobertas pela vida afora.
Como observa-se, a paternidade está em transição, e para entender melhor a importância da presença e do envolvimento emocional do pai, basta olhar para a transformação das famílias no decorrer do tempo. Nas últimas gerações, o pai deixou de ser a única fonte de sustento do lar. A mulher rompeu muitas barreiras e conceitos ligados à paternidade e, novas negociações na criação dos filhos foram construídas.
Assim, os homens têm novas oportunidades de envolvimento íntimo na vida dos filhos. Muitos aproveitam essas oportunidades, principalmente, quando a relação é estável e o casal divide com equilíbrio o seu dia. Outros, por falta de iniciativa, ou por impedimento da mãe, acabam infelizmente, atuando como coadjuvantes ou baby-sitters.
Embora seja normal alguns pais sentirem-se um pouco excluídos, o envolvimento gradual com a criança, está diretamente ligado na sua relação de convivência com o seu pai. E, isso, o leva a retomar aspectos da sua infância. Surge nesse momento, uma maior sensibilidade e percepção do que pode ser a sua participação na vida do filho desde o começo.
Então, se você mãe, estiver ansiosa, a dica é tentar distinguir o que provém da sua experiência
de maternidade e o que são crenças e ideias de outras pessoas, incluindo familiares. Já, para o casal, o ideal é encontrar seus pais e fazer uma releitura do comportamento deles, procurando ver juntos, o que cabe ou não para o bebê.
Resumindo, relaxem e tenham em mente que, mais importante que o “como"vocês fazem, é o amor com que cuidam do bebê.
Fonte: Leocadia Rudenco - Vovó do Arthur
Leituras sugeridas: Pais e Filhos, Roberto Shinyashiki
Inteligência Emocional, Daniel Goleman.